A inadequada utilização de espaços públicos sem finalidade específica, chamados de terrenos baldios, tendem a criar nesses locais depósitos irregulares e destinação incorreta de resíduos sólidos domésticos e pequenos volumes, causando impactos negativos tanto no componente ambiental como no urbano e imobiliário.

Essa destinação incorreta e ilegal, dificilmente controlada por fiscalização ou qualquer outra barreira, tende a proliferar e a criar permanentes “lixões” urbanos em meio a áreas residenciais. Esses pontos passam a ser compreendidos como locais de destinação, atraem não somente os geradores domésticos e comerciais da área do entorno, como também os transportadores de pequenos volumes (móveis, madeira, eletrodomésticos etc.), comumente realizado por carroceiros e utilitários. O volume visível do descarte irregular em pontos ao longo da BR 135, corta vários bairros da Área Itaqui Bacanga. Tendo em vista que esse ato de descarte leva a atração de vetores de doenças como Zika, Dengue, Febre Chikungunya, além de doenças causadas por animais nocivos, poluição odorífera, poluição do ar e poluição dos lençóis freáticos em decorrência da poluição do solo.

Dessa forma, considerando a ACIB, como referência em liderança e organização comunitária da área Itaqui-Bacanga e com larga experiência e expertise em projetos de educação ambiental e educação para a limpeza urbana. Propõe o Projeto Educação Ambiental – Diagnóstico Lixões, que buscará identificar, por meio do diagnostico situacional, socioambiental e comunitário, as áreas degradadas pela incorreta destinação dos resíduos nos bairros da Área Itaqui Bacanga, com o intuito de levantar informações sobre os motivos individuais e coletivos que levam as pessoas a fazer o descarte em locais indevidos.